terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Opinião | "Arranha-Céus", de J. G. Ballard



Título: Arranha-Céus
Título  original: High Rise
Autor(a): J. G. Ballard
Editora: Elsinore
Edição: 2015
N.º Páginas: 217 páginas





Sinopse:
Num imponente edifício de quarenta andares, o último grito da arquitetura contemporânea, vive Robert Laing, um bem-sucedido professor de medicina, mais duas mil pessoas. Para desfrutarem desta vida luxuosa, não precisam sequer de sair à rua: ginásio, piscina, supermercado, tudo se encontra à distância de um elevador. Mas alguma coisa estranha borbulha por baixo desta superfície de rotina.

Primeiro atacam-se os automóveis na garagem, depois os moradores. Um incidente conduz a outro e, acossados, os vizinhos agrupam-se por pisos. Quando aparecem as primeiras vítimas, a festa mal começou. É então que o realizador de documentários Richard Wilder resolve avançar, de câmara em punho, numa viagem por esta inexplicável orgia de destruição, testemunhando o colapso do que nos torna humanos.
Entre a alucinação e a anarquia, a visão nunca ultrapassada de J. G. Ballard oferece-nos um retrato demencial de como a vida moderna nos pode empurrar, não para um estádio mais avançado na evolução, mas para as mais primitivas formas de sociedade. 



Opinião:
Tive alguma dificuldade em escrever a opinião deste livro. Tive que parar, reflectir .... e ainda hoje não sei bem o que pensar e escrever. Por isso, peço desculpa desde já por esta opinião um pouco confusa.

Inicialmente pensava que este livro era um livro recente, mas fiquei agradavelmente surpreendida. quando soube que a sua edição original é dos anos 70.

Este é um romance estranho...acho que é a minha definição mais leal. Passei por vários sentimentos ao ler este livro dos quais não seria capaz de anunciar aqui. Não foi muito fácil entrar nesta história modernista, em que "vivemos" num prédio com duas mil pessoas, luxuoso, em que não precisamos de sair do edifício para nada. Há supermercados, lojas, piscina, escolas para as crianças, ou seja, tudo e mais alguma coisa.

Para mim seria uma vida monótoma. Estar confinada num prédio (por muito luxuoso que fosse) e ser "obrigada" a conviver com o mesmo tipo de pessoas não é de todo um estilo de vida que me agrade.

Este é uma história que mostra o que de melhor o ser humano é e tem e do pior que pode ser e mostrar aos outros. A capacidade em que temos de nos transformar em situações de sobrevivência é incrível.

Como já tinha dito não foi um livro fácil de ler, quer pela sua própria história, quer pela estrutura. Tem poucos diálogos, muito introspectivo, mas com uma acção muito rápida. Mas ao longo da leitura foi-se tornando cada vez mais acessível. 

Confusos?! Nada melhor do que lerem para tirar as vossas próprias conclusões.


Classificação:
3/5 - Gostei




6 comentários:

  1. Viva,

    Mesmo parecendo interessante não devo ler este livro, mas acho que conseguiste transmitir bem o que o livro tem para oferecer :D

    Bjs e boas leituras

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    1. Olá Fiacha,
      Compreendo o que pensas. Estava muito entusiasmada com este livro e tornou-se estranho. Mas gostei.
      Beijinhos e boas leituras

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  2. Olá,
    Já tinha visto a capa deste livro algures na net, mas ainda não tinha lido nenhuma opinião. Também não me parece o tipo de livro que me suscite grande curiosidade, mas parece ter uma premissa de história interessante.
    Beijinhos.

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    1. Olá!
      Sim compreendo. Não achei um livro fácil.
      Estava super entusiasmada com este livro e depois tornou-se estranho...
      Beijinhos e boas leituras

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  3. Olá Isa,
    Apesar de o enredo parecer interessante, a tua opinião convenceu-me... a não o querer ler ;) O facto de o definires como "estranho" acho que não é livro para mim.
    Beijinhos

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    1. Olá Tita,
      Sim eu achei muito estranho. A palavra é mesmo essa. Mas pode ser que tenhas outra opinião :) Nunca se sabe :)
      Beijinhos e boas leituras

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