quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Opinião | "O Livreiro", de Mark Pryor


Título: O Livreiro
Autor(a): Mark Pryor
Editora: Clube do Autor
N.º de Páginas: 349 páginas
Edição: 2013

Classificação:  3,5 estrelas



Sinopse:
Neste romance de ritmo acelerado e empolgante (que prenderá os leitores da primeira à última página), encontramos a história de um terrível segredo escondido durante décadas nas páginas de um livro há muito desaparecido. 
Hugo Marston decide comprar um livro raro ao seu amigo Max, o idoso proprietário de uma banca de obras antigas. Poucos minutos depois, Max é raptado. Vivamente surpreendido com o ato, Marston, chefe de segurança da embaixada americana em Paris, nada consegue fazer para impedir o raptor. Marston inicia então uma investigação destinada a encontrar o livreiro, recrutando a ajuda do seu amigo Tom, um agente da CIA. 
A busca de Hugo revela que Max é, afinal, um sobrevivente do Holocausto que mais tarde se converteu num caçador de nazis. Estará o rapto ligado ao sombrio passado de Max ou aos misteriosos livros raros que vendia?



Opinião:
Este livro foi uma simpática e bonita oferta da minha amiga Cláudia, do Encruzilhadas Literárias. A Cláudia sabendo o meu gosto por livros que falem sobre livros achou que este livro me iria agradar. E, surpreendentemente, agradou, mas já lá vamos. Para já queria agradecer à Cláudia este novo "amigo". 

Parti para esta leitura sem conhecer nada da história, nem do que se tratava. E fiquei com a ideia que se iria tratar de um livro sobre o Holocausto, muito pertinente para o "Leituras do Holocausto". Mas não foi bem assim. A personagem que dá nome ao livro foi, de facto, um sobrevivente do Holocausto. Mas não há mais desenvolvimentos sobre esse passado. É apenas um facto que o autor adicionou à história. 

Foi uma leitura bastante rápida. Um autor conseguiu criar uma história com o ritmo suficiente para o leitor não perder interesse na história. Pois a história vai-se perdendo ao longo da narrativa. Promete muito, mas nada de significativo. E acrescento até alguma desilusão da minha parte relativamente à questão do Holocausto. Fiquei com a noção que iria ter mais desenvolvimentos sobre o passado da personagem que dá nome ao livro. Gostaria de ter conhecido um pouco mais este Livreiro, da sua história, da sua vivência. Contudo, é um livro com bastante ritmo, em que nunca nos aborrecemos. Mas como já referi, senti que o autor "camuflou" a história através do ritmo. 

Recordei, mais uma vez, Paris e os tão típicos alfarrabistas - os chamados boquinistes - na margem do rio Sena, onde tantas vezes me "perdi". Embora, e como o próprio autor refere no início do livro, não houve um rigor na geografia da cidade de Paris. O autor decidiu criar e/ou alterar certos locais da cidade conforme a narrativa do livro. Se por um lado não vejo qualquer problema tratando-se de uma história de ficção, por outro atribuo alguma arrogância ao autor por este facto. Não só pela falta de rigor atribuída à história, mas também devido ao facto de conhecer a cidade de Paris bastante bem e ter detectado algumas incoerências. Mas isto é o meu sentimento, pois Paris é e será sempre Paris. Mas não posso deixar de referir que o autor conseguiu captar muito o espírito da cidade. Romântica, emblemática, carismática, muito ao estilo parisiense. 

Não deixem de ler. Boas leituras.



6 comentários:

  1. Gostei do livro, mas confesso que esperava outra coisa... Pensava que envolvesse mais factos da II guerra, mas mesmo assim a questão e descrição de todo aquele enredo e mistério em volta dos livros acabou por superar a desilusão...
    Beijokas e boas leituras...
    Tânia Tanocas

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    1. Olá Tânia,
      É mesmo! Também esperava que falasse mais do Holocausto, mas acabou por prender!
      Beijinhos e boas leituras

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  2. Olá Isa,
    Não conhecia o livro mas realmente a premissa parece bem interessante. Pena que não cative assim tanto.
    Beijinhos

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    1. Olá Tita,
      Sim é interessante, mas não é consensual :)
      Há tantos livros para ler que temos que estabelecer prioridades.
      Beijinhos e boas leituras

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  3. Olá,
    Parece ser um livro que embora retrate o tema do Holocausto, não o faz de forma tão aprofundada quanto deveria, mas ainda assim parece ser uma leitura que vale muito a pena fazer!
    Beijinhos.

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    1. Olá!
      Foi mesmo. Não estava à espera que não abordasse o Holocausto da forma que queria, mas ainda assim foi uma leitura agradável :) com muito ritmo.
      Beijinhos e boas leituras

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