No passado dia 9 de Março, Dia Internacional da Mulher assisti a uma conferência na Biblioteca Nacional, "Sala de Leitura Feminina: do espaço público para a biblioteca (Biblioteca Municipal do Porto - 1945-53)", por Paula Sequeiros (Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra).
Sala de Leitura Feminina, sem data, Estúdio Alvão, Ref. ALV004609, CPF/DGAR/ MC
Imagem retirada: Site Biblioteca Nacional de Portugal
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A existência de uma sala de leitura exclusivamente feminina nas bibliotecas nos dias de hoje parece impossível e estranho. Mas foi uma realidade entre 1943 e meados de 1953. Havia uma segregação de espaços. Houve necessidade, naquela altura, de haver um espaço destinado às mulheres com o intuito de não distrair os homens. As mulheres eram um factor de distracção para os homens e não se misturavam com eles no mesmo espaço.
Esta era a realidade. Contudo, pode pensar-se que esta realidade só acontecia em Portugal. Mas em Inglaterra existiam, também salas de leitura em muitos espaços públicos: estações de caminho-de-ferro, nos portos e muitos locais. Não era uma realidade exclusivamente portuguesa.
Naquela altura a mulher era alvo de invisibilidade social, com pouco (ou nenhum) estatuto social. Contudo, começa a adquirir um novo papel enquanto leitora, mais activa e presente nestes espaços.
A sala de leitura feminina da Biblioteca Municipal do Porto existiu até meados de 1953. A partir de 1960 existiram, na sala de leitura geral, espaços específicos para as mulheres leitoras. Não se sabe a razão pela qual deixou de existir este espaço na biblioteca.
Mas era um passo. Um passo para a emancipação das mulheres, não só enquanto cidadãs, mas enquanto leitoras.
Assistir a esta conferência foi uma experiência gratificante, especialmente num dia importante enquanto mulher. Gostei da simpatia e dos discurso da oradora, Paula Sequeiros. Desertou-me mais curiosidade para a questão da mulher leitora e da seu papel na sociedade.
É cada vez mais importante este tipo de eventos. Não só para despertar consciências, mas para a nossa aprendizagem enquanto cidadãos. Lembrar a nossa história para que ela não morra nunca.
Boas leituras.
Esta era a realidade. Contudo, pode pensar-se que esta realidade só acontecia em Portugal. Mas em Inglaterra existiam, também salas de leitura em muitos espaços públicos: estações de caminho-de-ferro, nos portos e muitos locais. Não era uma realidade exclusivamente portuguesa.
Naquela altura a mulher era alvo de invisibilidade social, com pouco (ou nenhum) estatuto social. Contudo, começa a adquirir um novo papel enquanto leitora, mais activa e presente nestes espaços.
A sala de leitura feminina da Biblioteca Municipal do Porto existiu até meados de 1953. A partir de 1960 existiram, na sala de leitura geral, espaços específicos para as mulheres leitoras. Não se sabe a razão pela qual deixou de existir este espaço na biblioteca.
Mas era um passo. Um passo para a emancipação das mulheres, não só enquanto cidadãs, mas enquanto leitoras.
Assistir a esta conferência foi uma experiência gratificante, especialmente num dia importante enquanto mulher. Gostei da simpatia e dos discurso da oradora, Paula Sequeiros. Desertou-me mais curiosidade para a questão da mulher leitora e da seu papel na sociedade.
É cada vez mais importante este tipo de eventos. Não só para despertar consciências, mas para a nossa aprendizagem enquanto cidadãos. Lembrar a nossa história para que ela não morra nunca.
Boas leituras.
Olá Isa,
ResponderEliminarParece ter sido uma conferência mesmo muito interessante!
Beijinhos
Olá Tita,
EliminarSim, foi bastante. Pena não ter sido muito divulgada.
Beijinhos e boas leituras