quarta-feira, 22 de março de 2017

Opinião | "Tudo por uma boa história", de Anabela Natário, Sofia Branco e Isabel Nery


Título: Tudo por uma boa história
Coordenação: Anabela Natário, Sofia Branco e Isabel Nery
Editora: Esfera dos Livros
N.º de Páginas: 192 páginas
Edição: 2017
Temática/Género: Não Ficção / Jornalismo e Comunicação

Classificação: 4,5 estrelas

Sinopse:
Como são preparadas as reportagens? Como são sentidas pelos repórteres? Que contrariedades enfrentam? Vinte e quatro jornalistas de várias gerações oferecem-nos um relato vivo sobre o que acontece no terreno, dando-nos a conhecer melhor uma profissão que, numa época de informação fácil e barata, mas ao mesmo tempo tão perigosamente manipulável, nunca foi tão importante para a democracia. José Pedro Castanheira conta-nos como descobriu num português um dos primeiros terroristas recrutados pela Al Qaeda provando que um jornalista está disposto a ir até ao fim do mundo por uma boa história. Cândida Pinto recorda como, na Líbia em 2011, dispensar o colete antibala, num dia em que os termómetros atingiam os 40 graus, lhe podia ter custado a vida. Será sempre difícil explicar a um irmão (como tentou Sofia Lorena), ou a qualquer outra pessoa, porque é que o jornalista tem de correr para os lugares de onde todos os outros fogem. A única resposta é: por ser jornalista. Vítor Serpa devia ter sido "apenas" o correspondente que cobria as provas de natação na Argentina, em 1982, mas acabaria a reportar o ambiente de guerra criado pelo conflito entre a Argentina e o Reino Unido por causa das Malvinas. As fotografias de Mário Cruz, vencedor do World Press Photo, atestam o tanto que uma boa reportagem tem a fazer pelo mundo. Por sua conta e risco, registou as crianças acorrentadas no Senegal. O que gravou com a sua máquina fotográfica serve hoje para o governo combater este tipo de opressão. Tudo por Uma Boa História é uma travessia original pelo que de melhor se faz no jornalismo em Portugal. O leitor encontrará aqui dúvidas, angústias, medos, mas também conquistas, prazer e sabedoria, pela voz dos que vivem de contar o mundo aos outros.


Opinião:
Gosto de histórias. Contadas através do livro, da rádio ou da televisão. Histórias são histórias. Sempre me despertou alguma curiosidade em saber como as histórias que lemos ou vemos na televisão feitas. Como são preparadas as reportagens e o que sentem os repórteres.  

Este é o meu tipo de leituras. O que acontece por detrás da história. Um livro de não-ficção de confidências e relatos de alguns jornalistas portugueses que vivenciaram. Tudo para contar e partilhar uma história.

São 12 experiências que estes jornalistas aceitaram partilhar com o público. Este livro levanta questões e faz-nos pensar. Na ética da nossa profissão, em quando os sentimentos são mais fortes do que essa mesma ética profissional, nas fontes que os jornalistas confim para contar uma história, nos perigos que enfrentam para testemunhar algo importante para a história mundial ou nacional, mas também quando deixam passar uma boa história simplesmente porque sim...e o momento passa. 

As histórias não se repetem. Existem outras. Muitas mais. Gostamos de as ler, de as conhecer. Mas é bom saber como elas são contadas, com todo o profissionalismo e seriedade possível. 

Este livro é muito bom pelo seu todo. Jornalistas diferentes implica estilos e histórias diferentes. Não criamos empatia com algumas em particular. Mas ficamos felizes por perceber que há bons profissionais que fazem tudo por uma boa história. 

Recomendo!



Nota:
Este livro foi-me disponibilizado pela editora Esfera dos Livros em troca de uma opinião honesta.

Para mais informações sobre o livro ver aqui.



2 comentários:

  1. Olá Isa,
    É sempre bom quando os livros nos conquistam.
    Cada vez que deixas mais curiosa com livros de não-ficção.
    Beijinhos e boas leituras

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    1. Olá Tita,
      Eu estou cada vez mais a gostar de ler não-ficção. Agarra de uma maneira diferente.
      Beijinhos e boas leituras

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